A MISÉRIA DO AMAPÁ NÃO PODE SER "PATRIMÔNIO TOMBADO"!



Ao longo dos anos, a população do norte brasileiro vive à margem da dignidade, é proibida de produzir e de prosperar e, por causa da miséria estimulada por seus governantes, é também quem elege os piores representantes. Seria a miséria do povo da Amazônia um "patrimônio tombado". Se depender de mim, não! 

Estamos vendo essa discussão cada vez mais acalorada sobre a exploração do petróleo na costa do Amapá. Uma ministra do meio ambiente fantoche de George Soros e, já sem qualquer pudor, joga contra seu próprio país. 


Que temos riquezas infindáveis, já sabíamos. Até mesmo as pesquisas sobre a reserva de petróleo na região não são uma novidade. O que é novidade, é o fato da população que mora no Amapá estar mais informada e chegar à conclusão óbvia de que está sentada na riqueza, mas vive na pobreza, sem saneamento básico, sem acesso ao serviço público de qualidade, seja na saúde, na educação, na segurança. A população economicamente ativa não tem nenhuma perspectiva de emprego e renda. Ou seja, a fome e a miséria são as marcas de um povo que tem o solo mais rico do planeta. 

Esse contra senso não pode mais ser negado ou ignorado. Pagamos a maior conta de energia, tudo é mais caro por aqui por causa do nosso isolamento geográfico provocado e mantido, propositalmente, e por causa do desestímulo à produção local e até por causa da criminalização do agro com leis ambientais absurdas, que engessam e que jogam o Estado para o status de mendigo, sendo sua terra riquíssima. 

Se depender dos politiqueiros que há décadas estão no comando do Estado, o estímulo à miséria continuará sendo o plano deles de permanência no poder. A desculpa de preservar o meio ambiente não cola mais. Até porque, os mesmos que usam essa narrativa são os que nada fizeram para elevar o percentual de saneamento básico, que na capital é de apenas 4%. No restante do Estado é, praticamente, zero. Nem mesmo uma política sólida e permanente de simples reciclagem de lixo foi implantada aqui. 

Vão precisar conta outra, e outra e outra, até confessarem que são inimigos da pátria e representam os interesses de ongs internacionais e não do seu povo.

Mas preocupa-me a mentalidade do povo que, por vezes, parece ver sua própria miséria como sina a ser aceita sem resistência, tornando essa condição subhumana em que vivem, uma espécie de "patrimônio tombado", algo cultural e impossível de ser modificado.

No dia em que os que tem mais conhecimento, se propuserem a educar politicamente os que tem pouco ou nenhum, com uma paciência de Jó, até que todos estejam acordados, ninguém precisará jogar na mega sena para mudar seu destino, bastará tomar posse do que já é seu por natureza, e expulsar do poder quem negocia com o mundo as riquezas do norte em troca da miséria do nortista. 

Adriana Garcia

Jornalista na Amazônia

UM NORTE para o Norte

Cristianismo, Política e Economia

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